Vi no twitter alguém comentando como essa série era muito mais sobre trauma geracional do que qualquer outra coisa, e parando pra pensar, é meio assustador como esses relacionamentos afetaram os personagens ao ponto da gente acompanhar uma passagem de 12 anos mas o trauma ser recorrente da mesma maneira que era no passado. Acho que no que eu mais me apeguei aqui é na sutileza transformadora que atravessa os episódios; detalhes que parecem simples mas tem um significado enorme por trás (sou constantemente assombrado com a cena do crucifixo dos primeiros episódios) e como tão denso tudo é mas é abraçado com uma camada de simplicidade. Os dois personagens enfrentaram coisas diferentes, e o modo como cada um reagiu aos tramas também teve aspectos que divergiam mas por algum motivo os monstros que eles enfretaram pareciam o mesmo, acho que é o resultado de você amar tanto uma pessoa que tudo aquilo que é um desafio dela acaba se tornando seu.

Acho que foi uma surpresa geral que ninguém estava esperando ficar tão emocionalmente envolvido na série, com base nos trabalhos da hwang daseul era de se esperar uma boa obra mas ela ainda achou uma maneira de surpreender. Definitivamente um dos melhores do ano