Uma critica que nao salva e nem condena
Uma critica que nao salva e nem condena, porém não deixe de assistir.
O filme sul-coreano *Project Silence*, dirigido por Kim Tae-gon em colaboração com Kim Yong-hwa e Park Joo-Suk, inicia com um cenário tenso: o secretário do governo Cha Jung-won (Lee Sun-kyun) enfrenta uma decisão crítica durante uma mesa de negociação sobre a não negociação com terroristas que têm reféns. Em meio a esse caos, o enredo se desvia para um engavetamento massivo, provocado pela combinação de neblina e imprudência, resultando em uma via totalmente bloqueada.
Coincidentemente, um acidente também envolve um veículo do governo carregado com “Echoes” – cachorros soldados altamente treinados. Quando um dos Echoes, o Echo-9, consegue escapar com um chip importante, 116 pessoas ficam encurraladas em uma ponte estaiada com a ameaça iminente desses animais letais.
Desde o início, o filme tenta estabelecer uma conexão emocional com seus personagens através de um elenco de figuras arquetípicas, como o frentista enrolador e a cadete ambiciosa. No entanto, o roteiro acaba seguindo uma fórmula previsível, revelando quem provavelmente sobreviverá. *Project Silence* parece lutar contra sua identidade como um filme B, tentando incorporar traumas e metáforas profundas que não se encaixam bem com a premissa central de cachorros soldados atacando pessoas.
O filme mostra certa vergonha em abraçar seu caráter de filme B, e isso resulta em uma narrativa que não consegue equilibrar o terror direto com um desenvolvimento mais introspectivo. A tentativa de criar um impacto emocional com a relação entre pai e filha é ofuscada pela falta de gore e terror visceral que poderia ter sido mais eficaz. O alívio cômico, representado pelo frentista que usa uma técnica de "sopro de fogo" à la Charmander, só adiciona uma camada de estranheza à trama já instável.
A fotografia noturna de Hong Kyung-pyo também não ajuda, escondendo o potencial terrorífico dos cachorros atrás de neblina e escombros. A direção falha em criar um ambiente de suspense palpável, e a ausência de um impacto visual eficaz limita o potencial aterrorizante dos ataques dos animais. A trilha sonora de John Williams, por exemplo, que contribuiu significativamente para o clima de tensão em *Tubarão*, poderia ter sido uma adição bem-vinda aqui.
Além disso, o roteiro apresenta várias inconsistências, como o uso de um carro que deveria estar inutilizado para uma fuga e a falta de atenção ao cientista que criou os cachorros. Esses elementos, apesar de frustrantes, poderiam ser perdoados se o filme aceitasse plenamente sua natureza como uma produção divertida e descompromissada.
Em resumo, *Project Silence* tenta ser mais do que um simples filme B, mas acaba não conseguindo se destacar em nenhum dos dois mundos. A tentativa de adicionar profundidade e relevância ao enredo de cachorros soldados falha em proporcionar um terror verdadeiro, tornando o filme uma experiência que, apesar de ambiciosa, acaba sendo uma mistura desajeitada de intenções sérias e elementos de entretenimento descartáveis.
O filme sul-coreano *Project Silence*, dirigido por Kim Tae-gon em colaboração com Kim Yong-hwa e Park Joo-Suk, inicia com um cenário tenso: o secretário do governo Cha Jung-won (Lee Sun-kyun) enfrenta uma decisão crítica durante uma mesa de negociação sobre a não negociação com terroristas que têm reféns. Em meio a esse caos, o enredo se desvia para um engavetamento massivo, provocado pela combinação de neblina e imprudência, resultando em uma via totalmente bloqueada.
Coincidentemente, um acidente também envolve um veículo do governo carregado com “Echoes” – cachorros soldados altamente treinados. Quando um dos Echoes, o Echo-9, consegue escapar com um chip importante, 116 pessoas ficam encurraladas em uma ponte estaiada com a ameaça iminente desses animais letais.
Desde o início, o filme tenta estabelecer uma conexão emocional com seus personagens através de um elenco de figuras arquetípicas, como o frentista enrolador e a cadete ambiciosa. No entanto, o roteiro acaba seguindo uma fórmula previsível, revelando quem provavelmente sobreviverá. *Project Silence* parece lutar contra sua identidade como um filme B, tentando incorporar traumas e metáforas profundas que não se encaixam bem com a premissa central de cachorros soldados atacando pessoas.
O filme mostra certa vergonha em abraçar seu caráter de filme B, e isso resulta em uma narrativa que não consegue equilibrar o terror direto com um desenvolvimento mais introspectivo. A tentativa de criar um impacto emocional com a relação entre pai e filha é ofuscada pela falta de gore e terror visceral que poderia ter sido mais eficaz. O alívio cômico, representado pelo frentista que usa uma técnica de "sopro de fogo" à la Charmander, só adiciona uma camada de estranheza à trama já instável.
A fotografia noturna de Hong Kyung-pyo também não ajuda, escondendo o potencial terrorífico dos cachorros atrás de neblina e escombros. A direção falha em criar um ambiente de suspense palpável, e a ausência de um impacto visual eficaz limita o potencial aterrorizante dos ataques dos animais. A trilha sonora de John Williams, por exemplo, que contribuiu significativamente para o clima de tensão em *Tubarão*, poderia ter sido uma adição bem-vinda aqui.
Além disso, o roteiro apresenta várias inconsistências, como o uso de um carro que deveria estar inutilizado para uma fuga e a falta de atenção ao cientista que criou os cachorros. Esses elementos, apesar de frustrantes, poderiam ser perdoados se o filme aceitasse plenamente sua natureza como uma produção divertida e descompromissada.
Em resumo, *Project Silence* tenta ser mais do que um simples filme B, mas acaba não conseguindo se destacar em nenhum dos dois mundos. A tentativa de adicionar profundidade e relevância ao enredo de cachorros soldados falha em proporcionar um terror verdadeiro, tornando o filme uma experiência que, apesar de ambiciosa, acaba sendo uma mistura desajeitada de intenções sérias e elementos de entretenimento descartáveis.
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